

01.02.17
Vtimas de deslizamentos
Levantamento do IPT de mortes causadas por deslizamentos é tema de reportagem no UOL e Jornal Nacional
Duzentas e duas pessoas morreram em virtude de deslizamentos de terra na Grande São Paulo nos últimos 20 anos: os dados publicados em reportagem publicada pelo Portal UOL na terça-feira, 31 de dezembro, foram fornecidos pelo Centro de Tecnologias Geoambientais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que faz um levantamento dos óbitos em todo o País desde o ano de 1988. Mais tarde, o Jornal Nacional também aproveitou alguns números durante o quadro de previsão de tempo.
Segundo o pesquisador e geólogo Eduardo Soares de Macedo, coordenador do estudo, a coleta de dados era feita inicialmente somente a partir de reportagens publicadas em jornais impressos, principalmente da Folha de S.Paulo e do O Estado de S.Paulo, de artigos apresentados em congressos e de informações fornecidas por profissionais da área. A partir dos anos 2000 (mais precisamente, 2004) e com a consolidação da internet, os desastres naturais passaram a receber uma cobertura por uma mídia mais ampla, e as matérias sobre o tema tornaram-se frequentes, principalmente no verão.
As notícias sobre as mortes por deslizamentos são interpretadas pelo pesquisador, desde o início do levantamento, para evitar interpretações equivocadas, o que prejudicaria a veracidade do estudo. É dada uma especial atenção para o uso incorreto de termos pela mídia para definir os deslizamentos, como ‘desmoronamento’, ‘desabamento’, ‘desbarrancamento’ e ‘queda de barreira’.
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Mortes são contabilizadas pelo IPT desde 1988; o ano de 2011 contabiliza o maior número de perdas por conta dos desastres naturais na região serrana do Rio de Janeiro |
“A coleta começou como uma curiosidade científica, mas hoje os dados coletados são aproveitados em políticas públicas”, explica Macedo. “A partir de 2002, por exemplo, o Ministério das Cidades passou a utilizar essas informações como um dos critérios para a distribuição de recursos destinados a projetos em áreas de risco”.
Clique aqui para ler a reportagem do UOL e veja também mais dados sobre o levantamento na previsão do tempo no Jornal Nacional, exibida ontem, 31 de janeiro: