As etiquetas das roupas possuem uma grande importância no momento da compra e na conservação da peça de vestuário, embora sejam vistas às vezes como um incômodo na hora de vestir. Elas contêm informações como os dados da empresa que as produziu, a composição do tecido e os símbolos para conservação da peça, os quais especificam como devem ser realizadas a lavagem, secagem, passadoria e outros tratamentos, como alvejamento e lavagem a seco. Verificar a etiqueta no momento da compra e mantê-la afixada possibilita que o consumidor trate a peça corretamente.

A necessidade de incluir um número maior de informações e a evolução das pesquisas na aplicação de novas tecnologias incorporadas aos tecidos vêm exigindo que as etiquetas adaptem suas funções a fim de não incomodar o consumidor. A primeira mudança é a impressão das informações diretamente na peça de roupa, eliminando o incômodo causado pela etiqueta e possibilitando a disposição de uma quantidade maior de dados. Nesse contexto, também já existem as e-tags (etiquetas eletrônicas) que são, basicamente, pequenos chips incorporados à peça que permitem ao usuário o acesso a informações sobre a empresa e sobre todo o processo de fabricação. Isso aumenta a credibilidade da peça e possibilita que o produtor tenha maior controle sobre seus produtos. Porém, o custo elevado das e-tags e a baixa difusão dessa inovação fazem com que a etiqueta de tecido afixada à roupa ainda seja o formato mais utilizado no Brasil.

Independentemente do tipo de etiqueta utilizada, a confiabilidade das suas informações é o que realmente importa. Desde 1973 existem leis no Brasil para as etiquetas de produtos têxteis e, em 1978, o Inmetro e o IPEM iniciaram a fiscalização de empresas para verificar se as etiquetas atendiam às exigências legais. Os dois institutos identificaram a necessidade de mudanças para adequação tecnológica e definição das informações realmente relevantes.

Com o intuito de atender às exigências do Regulamento Técnico de Etiquetagem de Produtos Têxteis, que visa fortalecer o livre comércio entre os países do MERCOSUL, e auxiliar o produtor na elaboração de etiquetas, adotou-se a norma ABNT NBR ISO 3758, que especifica os códigos de cuidados usando símbolos e métodos laboratoriais.

O Laboratório de Tecnologia Têxtil realiza os ensaios que auxiliam a elaboração de etiquetas conforme a norma ABNT NBR ISO 3758, para determinação dos reais cuidados com o tecido e confeccionados durante os processos de lavagem, secagem, passadoria e resistência ao alvejamento.

Em adição, novos materiais e tecnologias em acabamentos aplicados a têxteis e vestuários vêm surgindo no mercado, e a caracterização destes quanto ao desempenho nos processos de cuidado é relevante para a elaboração de uma etiqueta fiel e de qualidade.