

Txteis aplicados ao esporte: Grama sinttica
por Gabriele Paula de Oliveira e Rayana Santiago de Queiroz
Sporttech® – Têxteis aplicados ao esporte: Grama sintética
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Os materiais têxteis são amplamente utilizados na área esportiva para melhorar o desempenho do atleta, alterando o ambiente, os equipamentos e as roupas utilizadas na prática esportiva.
Muitos esportes possuem como ambiente de prática um campo gramado, entre eles o futebol, tênis, golfe, rúgbi e hóquei. A grama natural tem sido utilizada há muito tempo, mas em função dos danos que sofre e do seu longo tempo de recuperação, os jogadores têm o seu desempenho prejudicado devido à instabilidade do campo.
Como alternativa para o problema de durabilidade da grama natural, foi desenvolvida na década de 60 a grama sintética, produzida em poliamida 6,6 com tecido de base em poliéster de alta resistência. Seus fios eram texturizados para melhorar a elasticidade e aumentar a densidade, facilitando a movimentação da bola (Adanur, S., 1995).
Com as evoluções tecnológicas, as gramas sintéticas foram aperfeiçoadas de modo a atender satisfatoriamente todas as atividades praticadas em grama. As principais mudanças concernem ao material utilizado e ao tipo do fio. Atualmente, os fios são confeccionados de polietileno e de polipropileno, e podem ser do tipo fibrilado ou multifilamento. Os avanços permitiram o uso da grama sintética para o futebol de campo (que até então exigia o uso de grama natural) com aprovação da Fédération Internacionale de Football Association (FIFA).
A escolha do tipo de fibra e fio depende da aplicação da grama, a começar pelo seu local de uso. Num ambiente externo (outdoor), por exemplo, a grama deve ter furos para drenagem da água. No processo de instalação, para melhor fixação e absorção de impacto, coloca-se sobre a grama areia, borracha moída ou ambos. Além disso, a justaposição das placas e sua união podem ser feitas por costuras ou adesivos, o que exige uma avaliação da resistência dessas emendas.
No passado, os principais requisitos de uma grama eram a durabilidade, resistência à abrasão, resistência ao manchamento, facilidade de limpeza, resistência à degradação fotoquímica e resistência a fungos e insetos (biodegradação) (Adanur, S., 1995). Entretanto, com a evolução do material, surgiu a necessidade de não somente caracterizá-lo quanto à aparência e durabilidade, mas também de avaliar seu desempenho na interação com a bola e o atleta.
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O Laboratório de Tecnologia Têxtil, além de realizar ensaios de caracterização como resistência a abrasão, título do fio, característica construtiva, massa por unidade de área e exposição à luz fluorescente (radiação UV-A ou UV-B), está preparado para realização de ensaios de avaliação do desempenho de gramas sintéticas a partir de equipamentos que simulam e analisam o impacto vertical do atleta na grama, o deslizamento da bola, o impacto da bola sobre a grama e o comportamento da chuteira sobre a superfície da grama, a resistência das emendas das placas, entre outros aspectos. Para a realização desses ensaios, dispomos de um impactador dinâmico triaxial, um impactador vertical e um infiltrômetro, atendendo as necessidades do mercado e baseando-se em normas internacionais, inclusive as adotadas pela FIFA.
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