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  13.04.23

Data center na palma da mo


Armazenamento de dados digitais em DNA sintético é tema de reportagem na Revista Pesquisa Fapesp, com destaque para projeto IPT-Lenovo


Atualizado em 25 de maio de 2023

Você sabia que é possível armazenar dados digitais (como vídeos, arquivos de texto e imagens) em moléculas sintéticas de DNA? Essa tecnologia já é uma realidade e tem o potencial de viabilizar o armazenamento de um montante de informação similar à capacidade de um data center em um frasco que cabe na palma da mão.
 
A edição de abril da Revista Pesquisa Fapesp traz uma reportagem sobre o uso das moléculas de DNA para o armazenamento de dados digitais. Nela, as equipes do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e da Lenovo tiveram a oportunidade de contar um pouco mais sobre o potencial dessa promissora tecnologia em um projeto que está em execução no Laboratório de Micromanufatura.
 
“O data center do Facebook no Oregon, nos Estados Unidos, ocupa uma área estimada de dezenas de milhares de metros quadrados [m²], o equivalente a um grande shopping center, para armazenar uma quantidade de dados da ordem de 1 milhão de TB. O mesmo conteúdo poderia ser armazenado em apenas 5 gramas de DNA, em um dispositivo que cabe na palma de uma mão”, compara o engenheiro eletricista Bruno Marinaro Verona, gerente do laboratório do IPT, na matéria.
 
A reportagem destaca a questão da sustentabilidade na substituição das enormes infraestruturas para armazenamento pelo DNA: os data centers são intensivos em consumo de energia para a manutenção dos equipamentos e climatização adequada das salas onde são mantidos os arquivos em discos rígidos (HD) e as fitas magnéticas. O DNA, no entanto, pode ser mantido em temperatura ambiente. 
 
Além disso, as mídias magnéticas atuais são produzidas com insumos provenientes de mineração de terras-raras e derivados de petróleo e demandam substituição periódica, em no máximo 30 anos. Os pesquisadores estimam que os dados digitais arquivados em DNA serão legíveis por milhares de anos.
 
“Os data centers consomem cerca de 1% da energia elétrica produzida no mundo. A indústria de TI prevê que o consumo passará para 30% da energia global em poucos anos”, afirmou na reportagem Hildebrando Lima, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Lenovo no Brasil, parceira do IPT no projeto. “É preciso criar uma alternativa que reduza esse impacto, e a técnica de armazenamento em DNA é a aposta mais promissora.”
 
Leia a reportagem na íntegra e ouça o podcast com a entrevista do pesquisador Bruno Marinaro Verona: