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  13.04.23

Agricultura sustentvel


Projeto de construção do Centro de Referência em Biotecnologia, uma parceria entre o IPT e a empresa Sempre Agtech, é tema de entrevista no Canal Rural


A biotecnologia ‘verde’ e com foco no agro terá em 2023 um centro de referência em SP: a iniciativa vem de uma cooperação entre a empresa Sempre Agtech, por meio da sua divisão de inovação, a WIN (World Innovation), com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). 
 
Com o objetivo de desenvolver tecnologias inovadoras, 100% nacionais para a criação de soluções ambientalmente amigáveis voltadas à agricultura tropical, o futuro Centro de Referência em Biotecnologia é uma parceria entre as duas instituições que será instalado no âmbito do programa IPT Open Experience.
 
O investimento será da ordem de 50 milhões de reais. O novo centro tem inauguração prevista ainda para o segundo semestre deste ano e irá funcionar no prédio do Núcleo de Bionanomanufatura do IPT, sendo voltado, por exemplo, para o desenvolvimento de defensivos ‘biodirigidos’ capazes de controlar plantas daninhas, pragas e doenças que derrubam a produtividade na lavoura, a partir da tecnologia de RNA de interferência. Para isso, a sequência do gene é desenhada de modo a atuar apenas no organismo-alvo (safe by design), sendo inofensivos para humanos e outros seres vivos – os agroquímicos convencionais empregados atualmente atuam de modo geral e são danosos ao meio ambiente.
 
A instalação do centro foi tema de entrevista no dia 12 de abril no Planeta Campo, que é o programa de sustentabilidade do Canal Rural, pela coordenadora técnica de projetos do IPT, Helena Correa de Araújo Gomes: “Esta parceria irá desenvolver diversas pesquisas, desde a proteção e o aumento da produtividade de culturas de importância agrícola nacional, trazendo melhoramento genético, até o desenvolvimento de produtos biológicos nacionais, estimulando com isso a sua fabricação e a sua utilização no Brasil, ajustados à realidade do agronegócio do País”.
 
Para o fundador e CEO da WIN, Fernando Prezzotto, a criação do novo centro irá reduzir a dependência do Brasil de tecnologias e soluções importadas de outros países: “Atualmente os ativos estratégicos utilizados não são brasileiros. O nosso agro ainda depende de matérias-primas vindas de países como Índia, Rússia e China para assegurar o suprimento de fertilizantes e defensivos agrícolas para o campo; na outra ponta da cadeia, as tecnologias são dominadas e desenvolvidas exclusivamente por multinacionais globalmente consolidadas. O que nós queremos fazer é que esses ativos biotecnológicos estratégicos se tornem propriedade dos brasileiros”.
 
A previsão é de que os primeiros produtos ‘biodirigidos’ para a aplicação tópica nas lavouras sejam aprovados em 2026.
 
Veja abaixo a entrevista na íntegra: