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23.06.21
Cartilha para calados
Instruções para a escolha adequada do calçado profissional isolante elétrico são enunciadas em manual do IPT
Como os profissionais que atuam nas proximidades de sistemas elétricos devem fazer a escolha adequada dos calçados profissionais e, assim, reduzir os danos decorrentes de acidentes de trabalho por fatores elétricos? É este o objetivo da cartilha recém-lançada pelo Laboratório de Química e Manufaturados do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Escrita pelos pesquisadores, Felipe Cintra Clementino, Nicole Aparecida Amorim de Oliveira, Pedro Yuri Kovatch e David Henrique Zago, todos da unidade do laboratório situada na cidade de Franca (SP), a cartilha ressalta que a escolha do EPI correto - no caso, o calçado profissional isolante elétrico - para a função deve ser efetuada por um profissional qualificado, pois a opção por produtos inadequados pode corresponder à ausência de proteção para o usuário efetuar a atividade, elevando o risco de acidente para desempenho da função.
As normas a serem adotadas no Brasil para a certificação de calçados profissionais ocupam grande parte das 20 páginas da cartilha em sua versão online. Os métodos de realização dos ensaios básicos em calçados e seus componentes, como cabedal, forros, palmilhas e solados, são especificados em sua quase totalidade pela norma ABNT NBR ISO 20344.
A cartilha enfatiza ainda a diferença na execução dos ensaios de acordo com a classificação dos modelos: para calçados elétricos da classe I (couro e tecido), existe a obrigatoriedade do ensaio de absorção e penetração de água no cabedal, garantindo que, em caso de contato com a água, esta não penetre no calçado. São também realizados o ensaio de resistência elétrica com aplicação de 100 V, e o de isolamento elétrico com aplicação de 14.000 V de tensão. Já para os calçados da classe II (botas poliméricas), deve ser realizado o ensaio de isolamento elétrico, com tensão a ser determinada pelo fabricante.
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