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06.01.22
reas contaminadas
IPT inicia projeto de reabilitação de terreno de sua antiga unidade de tratamento de madeira no bairro do Jaguaré, em São Paulo
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) iniciou neste mês de janeiro as ações de intervenção para a recuperação do terreno contaminado de sua antiga unidade de tratamento de madeira localizada no bairro do Jaguaré (UTM Jaguaré), na cidade de São Paulo. O terreno apresenta uma área total de 15 mil metros quadrados, com 2,5 mil metros quadrados de área construída.
O terreno foi cedido ao IPT na década de 1970 para a instalação de uma usina de tratamento que foi operada pela antiga Divisão de Madeiras do Instituto entre os anos de 1977 e 1997. Foram realizadas nestes 20 anos uma série de pesquisas para o tratamento de madeiras com o objetivo principal de preservação de diversas espécies e redução de despesas de manutenção de postes e linhas férreas.
Os estudos realizados pelo IPT na área indicam que o imóvel se encontra contaminado majoritariamente por hidrocarbonetos de petróleo que foram identificados no solo, em águas subterrâneas e também em fase livre, não havendo até o presente momento a completa delimitação das plumas de contaminação. Os resultados preliminares do estudo de avaliação de riscos à saúde humana indicam um cenário de risco
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Terreno foi cedido ao IPT na década de 1970 para a instalação de uma usina de tratamento que foi operada pela antiga Divisão de Madeiras do Instituto entre os anos de 1977 e 1997... |
HISTÓRICO - Neste local, anteriormente à década de 1970, o terreno abrigou uma sede do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) e foi ainda sob a administração deles que a usina de tratamento de madeira começou as suas atividades. Com a extinção do IBDF na década de 1980, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tornou-se responsável pelo terreno da UTM-Jaguaré.
Em 1997, iniciou-se a desmobilização progressiva das atividades no local e encerraram-se todas as atividades relacionadas à preservação de madeiras.
DENÚNCIA ESPONTÂNEA E RECUPERAÇÃO DA ÁREA - O IPT protocolou em 2018 na Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) a denúncia espontânea sobre os impactos gerados pelas atividades realizadas na área e, em 2021, apresentou os estudos ambientais que realiza desde 2011 a fim de subsidiar as decisões relacionadas à reabilitação do terreno.
"O objetivo é finalizar agora as etapas de identificação e de reabilitação de áreas contaminadas no imóvel a fim de fazer a sua devolução ao Ibama", explica o pesquisador Alexandre Muselli Barbosa, da Seção de Investigações, Riscos e Gerenciamento Ambiental do IPT. Estima-se um investimento de aproximadamente R$ 4 milhões nos próximos dois anos para a execução dos trabalhos.
Atualmente, está em curso a etapa de escavação para a remoção de contaminantes presentes no solo, com término previsto para fevereiro de 2022. Após essa etapa, a realização da investigação detalhada prosseguirá, contemplando a delimitação das plumas de contaminação que ultrapassam os limites da usina e que engloba atividades de perfuração, de instalação de poços de monitoramento e de coleta de amostras de solo e de água subterrânea.
Os documentos referentes aos estudos ambientais já realizados podem ser acessados pelo público a partir de consulta na Agência Ambiental de Pinheiros da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e, para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelo e-mail ipt@ipt.br.
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