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A cadeia da logstica reversa de lmpadas fluorescentes ps-consumo: o caso da Cidade de So Paulo. So Paulo 2018


por Puopolo, Samara Nicolau


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Orientao: Teixeira, Cludia Echevengu

Ano: 2018

As lâmpadas fluorescentes (LF) são utilizadas na iluminação artificial de edificações e quando descartadas são classificadas como resíduos sujeitos à logística reversa, conforme previsto na legislação brasileira em vigor. Elas possuem na sua composição vapor de mercúrio e devem ser descontaminadas, após o término da sua vida útil. Contudo, muitas lâmpadas ainda são destinadas inadequadamente após o seu descarte. Diante deste cenário, o objetivo deste trabalho visou analisar a gestão das lâmpadas fluorescentes, considerando a estrutura da cadeia da logística reversa na Cidade de São Paulo, identificando seus principais atores, os dispositivos de acondicionamentos e tecnologias de descontaminação utilizadas, os desafios e as oportunidades evidenciados pelos consumidores e outros atores. A pesquisa foi de caráter exploratório. Os levantamentos de dados envolveu levantamentos de dados nos sites e em material bibliográfico dos fabricantes, dos distribuidores, das empresas de descontaminação, entre outros. Por meio de levantamento bibliográfico prévio, identificou-se os principais atores a serem entrevistados, por meio de entrevistas semiestruturadas, envolvendo órgãos públicos, distribuidores, importadores, fabricantes, empresas de tratamento e descontaminação, associações envolvidas, e nas estruturas das unidades comerciais e habitacionais. Embora o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) da Cidade de São Paulo aponta que teria pontos específicos disponíveis para a coleta de resíduos de LF, na prática isso não ocorre, não atendendo a responsabilidade compartilhada. Quanto aos distribuidores deste produto, somente 14,3% deles não recolhem. Em relação aos importadores pesquisados, juntamente com as associações nacionais de iluminação, todos aderiram ao sistema de logística reversa, criando a gestora nacional Reciclus. Em relação as empresas de tratamento e descontaminação foram encontradas várias que fazem a descaracterização do produto, mas somente 36,4% delas recupera o mercúrio atendendo a PNRS. Quanto as instituições de ensino, o local de armazenamento são ambientes que não atendem a NBR 12235. E em relação aos edifícios comerciais nenhum deles há um local específico para o armazenamento do resíduo de LF. Embora todas as edificações habitacionais pesquisadas tenham as certificações ambientais, nenhuma delas têm um local adequado para o armazenamento de LF. E por fim, apesar do alto nível de conhecimento dos consumidores pesquisados, 60,9% sabem dos riscos ambientais e de saúde que a LF pode causar, mas somente 21,7% deles encaminham as LF para a coleta especial. Ressalta-se a importância da responsabilidade compartilhada entre todas as partes interessadas no ciclo de vida do produto, estimulando a economia circular. Busca-se desta maneira, evidenciar a necessidade de uma conscientização e uma correta ação para todo o ciclo de vida das lâmpadas fluorescentes, a fim de melhorias no conforto ambiental e na saúde humana.

Acesse: cassiopea.ipt.br/teses/2018_HAB_Samara_Puopolo.pdf